De acordo com Gabriel García Marquez, jornalista e ativista colombiano, a melhor profissão do mundo é ser Jornalista. Em seu artigo publicado em outubro de 1996, o jornalista conta como era o jornalismo há cinquenta anos. Fala sobre como era as redações na época e da falta de compromisso e a falta de experiência com textos e a fé que tinham em ser jornalistas mas, na verdade, não eram tão bons jornalistas assim.
A profissão do jornalismo há décadas atrás era voltada para formar uma base cultural e o ambiente de trabalho de encarregava de incentivar essa formação, como diz Gabriel. Os jornalistas não eram formados no que faziam e não existia faculdades de Comunicação Social em nenhum lugar, era a melhor profissão do mundo.
Ele conta que, apesar de agora termos professores nos ensinando a sermos bons jornalistas, os jovens recém formados têm problemas terríveis de gramática e ortografia sem falar na falta de ética que antigamente todos tinham sem ao menos existir um código de ética para jornalistas. E "a sede por furo a qualquer preço acima de tudo" - ressalta o autor.
"Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita"
O desespero dos jornalistas novos é o desespero pela "notícia choque de monstro" pelo furo, como já dito, e pelas tretas que podem desencadear, mas para Gabriel Garcia (e eu concordo com ele) não são as hard news que faz um jornalista ser um jornalista. É a escrita, é a notícia bem escrita e propriamente contada, são os imprevistos da vida.